História das Setas Amarelas no Caminho de Santiago

História das setas amarelas no Caminho de Santiago.

Por volta de 1978 surgem os primeiros esforços para garantir a travessia segura de milhões de peregrinos, que na época se aventuravam a percorrer o Caminho de Santiago.

Isso ocorre antes mesmo da aparição das famosas setas amarelas.

Desse modo, as recém criadas comunidades autônomas, principalmente, Navarra, La Rioja, Castilla y Leon e Galícia, se juntam para sinalizar o caminho.

Com o propósito de orientar os peregrinos, utilizavam azulejos pintados com uma concha de vieira espalhados por todo o percurso.

História das Setas Amarelas no Caminho de Santiago

Uma iniciativa de ouro

No entanto, esse esforço não foi bem sucedido, uma vez que, os peregrinos do tipo turista, arrancavam e levavam para casa como recordação.

Dessa maneira, essa atitude pouco educada fazia com que o caminho ficasse sem marcações por quilômetros.

Na medida em que o fluxo de peregrinos começou a aumentar a situação foi ficando ainda mais grave.

A partir de 1984 uma grande iniciativa liderada por um padre da paróquia do Cebreiro na Galícia que teve a feliz ideia de pintar setas por todo o trajeto.

Alguém pode perguntar, por que amarelas?

Simples, porque as tintas eram sobras de uma companhia de melhoramento de estradas.

Dessa forma, o Padre Elias “O Cura do Cebreiro”, como gostava de ser tratado, se antecipa e seu empenho acaba sendo muito bem sucedido.

Padre Elias - Cebreiro

Assim, essa iniciativa dá ao Caminho de Santiago uma nova dinâmica e as marcações passaram a ser fundamentais para o seu desenvolvimento.

Em outras palavras, culminaram em 1985 com a declaração de Santiago de Compostela como Patrimônio Mundial da Humanidade.

E mais tarde em 1993 o próprio Caminho de Santiago passa a receber esse título.

Em suma,  o Padre Elias junto a outros entusiastas do caminho espalham a tradição de pintar e manter a sinalização em todo o trajeto.

Assim, constroem a história das setas amarelas no Caminho de Santiago.

Ainda assim, contando com a grande vantagem de que as setas eram imunes à tentação dos peregrinos turistas de levá-las para casa como recordação.

Então, podemos afirmar que o padre Elias “O Cura do Cebreiro” é o grande impulsionador da dinâmica moderna do Caminho de Santiago.

Destacamos que o Santo Padre, escreveu vários livros e guias de auxílio aos peregrinos sobre o Caminho.

Como resultado, obteve o seu doutoramento na Universidade Pontifícia de Salamanca com a tese “El Camino de Santiago Estudo Histórico Jurídico”, que defendeu em 1965.

Padre Elias o grande personagem da história das setas amarelas

Em síntese, caro peregrino, cara peregrina quando fizer o Caminho de Santiago, na paróquia do Cebreiro, não deixe de visitar o túmulo do padre Elias.

Túmulo do Padre Elias

Posto que, devemos a ele um dos símbolos mais importantes do Caminho de Santiago.

Em conclusão, o último desejo de Padre Elias, que faleceu em 1989, foi que o uso das setas amarelas nunca se perdesse.

Desse modo, com a ajuda das muitas associações de amigos do Caminho de Santiago essas marcações estão preservadas e vivas durante todo o percurso.

Nesse sentido, nós também podemos fazer a nossa parte ao, por exemplo, derrubar ou amassar o mato que as vezes crescem o suficiente para esconder algumas delas.

História das Setas Amarelas

Por fim, lembramos que sempre atrás de nós temos um outro peregrino que como nós sempre fica alegre ao ver uma seta amarela indicando que estamos no caminho certo.

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